domingo, 23 de outubro de 2016

Transtorno Bipolar na Infância e na Adolescência


Já estou à um tempo sem postar nada no Blogger. Muito estudo e vida corrida! Mas fiz um trabalho sobre transtorno Bipolar na Infância e na Adolescência para o meu curso de especialização e julguei de grande importância repassar algumas informações. O tema é pouco falado, de difícil diagnóstico e os sintomas se apresentam diferentes dos sintomas apresentados na fase adulta. No Brasil existem poucos locais especializados no assunto. Sei que o tema é vasto e requer ainda muito estudo, mas para quem quer ter uma visão, ainda que superficial do assunto, vale a pena a leitura!  
Segundo Pereira, L. (2011) “o Transtorno Bipolar (TB) é uma patologia psiquiátrica grave, recorrente, que se caracteriza por oscilações de humor e envolve aspectos neuroquímicos, cognitivos, psicológicos, funcionais, familiares e socioeconômicos.”. Os Manuais de classificação diagnóstica utilizados  (CID 10(OMS, 1993) ou DSM-IV (APA, 2002)), possuem critérios para o diagnóstico na fase adulta, sendo muitas vezes, utilizados tais critérios para o diagnóstico em crianças e adolescentes de forma errada por tais critérios se apresentarem limitados para estes sujeitos.
Tendo em vista as dificuldades por conta das diferenças de desenvolvimento dos sintomas e da ciclagem rápida do Transtorno Bipolar em crianças, autores se reuniram para sistematizar os aspectos descritivos dos sintomas na infância e na adolescência, onde subtipos do transtorno foram apresentados. Os sintomas propostos foram: elação de humor, grandiosidade, fuga de ideias e decréscimo na necessidade de sono, irritabilidade e TDAH. Sendo o humor irritado considerado como sintoma central, mesmo na ausência de humor elevado, grandiosidade e episiodicidade. Uma das maiores dificuldades de classificação se encontra no espectro do Transtorno Bipolar – Sem Outra especificação. Para resolver esta dificuldade foi proposta uma classificação que englobaria os diferentes fenótipos com base na duração do ciclo e/ou episódio, predominância de euforia e grandiosidade ou somente irritabilidade e a existência ou não de disforia crônica e descontrole da raiva associados ou não com sintomas maníacos. Tal classificação propôs três fenótipos clínicos: 1) Restrito: sujeitos que satisfizessem a totalidade dos critérios para mania e hipomania; 2) Intermediário: sujeitos que englobam duas subcategorias, a primeira com a presença de sintomas maníacos, mas com curta duração, isto é, 1 a 3 dias e a segunda com mania ou hipomania com episódios e irritabilidade, mas sem história de humor eufórico; e 3) Amplo: engloba doença crônica, não episódica, sem sintomas clássicos, mas com severa irritabilidade e muito baixo limiar a frustrações, sem os sintomas de elação do humor ou grandiosidade (Tramontina, S.2003).

COMORBIDADES 
É comum a presença de comorbidades no adolescente com o quadro de Transtorno Bipolar. Tais comorbidades não se apresentam com facilidade na fase adulta e em proporção bem menor na infância. As comorbidades psiquiátricas que mais se apresentam são TDAH, Transtorno de Oposição e Desafio (TOD), Transtorno de Conduta (TC) e Transtornos de Ansiedade (TANS). A prevalência estimada de comorbidade do THB com transtornos psiquiátricos é de 49% a 87% com TDAH, 8% a 39% com abuso de substâncias, 44% com transtorno obsessivo- compulsivo, 19% a 26% com transtorno do pânico, 19% com transtorno de ansiedade generalizada, 40% com fobia social, 75% com transtorno desafiante de oposição, e 12% a 41% com transtorno de conduta (Kowatch e DelBello, 2006, apud Moraes, C. e colaboradores).




TRATAMENTO
Estudos indicam que o tratamento deve ser multidisciplinar (psiquiátria, psicólogia, psicopedagogia...), tendo em vista a complexidade e os prejuízos causados na vida do sujeito. Não existem evidências comprovadas do sucesso dos fármacos no tratamento entre as diferentes faixas etárias. A medicação utilizada para crianças e adolescentes ainda é a mesma utilizada em adultos e se questiona os efeitos adversos. 

       O transtorno de humor Bipolar é um quadro grave que acomete além de adultos, também crianças e adolescentes. Os prejuízos acarretados no desenvolvimento do sujeito, são devastadores, pois englobam fatores emocionais, sociais, prejuízos no desenvolvimento, na aprendizagem, dentre outros, gerando forte impacto na criança/adolescente e sua família. É necessário que o profissional a avaliar, saiba fazer o diagnóstico diferencial para que haja uma intervenção adequada. Podemos verificar que ainda existem poucos estudos no Brasil, para tal transtorno, o que dificulta o profissional a ter sensibilidade e olhar clínico para reconhecer o quadro e se habilitar para oferecer tratamento adequado ao sujeito com tal transtorno.


BIBLIOGRAFIA

·      Moraes,C., Barbirato,F.,Silva2,N., Andrade, N.R.3 ; Diagnóstico e tratamento de transtorno bipolar e TDAH na infância: desafios na prática clínica; 2007.

·      Tramontina D. 2003, Revisão da literatura in: http://www.ufrgs.br/procab/leitura.html

·      Farias, A.C., Cordeiro, M.L.; Transtornos do humor em crianças e adolescentes: atualização para pediatras, in:Jornal de Pediatria, 2011. http://www.scielo.br/pdf/jped/v87n5/v87n05a03.pdf

·      Stubbe, D. Psiquiatria da infância e adolescência; Porto Alegre - 2008. 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

A ansiedade dos pais refletida como sintoma nos filhos

A ansiedade é conhecida como uma preocupação excessiva, que dependendo do tempo de duração e dos sintomas que se desdobram, pode se agravar em um Transtorno. O lugar de responsabilidade e cuidados sobre  outra vida gera uma certa ansiedade para que tudo caminhe bem e tenha bons resultados futuros. Mas e quando a cobrança deixa de ser saudável? A ansiedade dos pais para que seus filhos sejam o que eles esperam no futuro, pode gerar sofrimentos e muitas vezes sintomas.
Vivemos em um mundo globalizado, onde a agilidade que facilita a vida também a atrapalha. Se em outra geração as crianças eram obrigadas a esperar seu desenho iniciar na televisão, a carta chegar ao destino, hoje existe a possibilidade de “um clique” resolver tudo em alguns instantes. Essa facilidade agiliza a vida! A questão é que também nos faz perder a paciência com o ciclo natural das coisas. Isso mesmo! Somos adultos que precisam dar resultados positivos o tempo todo, em todas as áreas da vida. Como isso é impossível, a preocupação com estes resultados positivos nos faz viver ansiosos com o futuro e não passar de forma proveitosa o presente, que rapidamente sumirá de nossa percepção. Essa ansiedade em concluir algo, faz o indivíduo muitas vezes iniciar várias coisas, se desmotivar com o processo e não concluir nada. Isso vira um ciclo desmotivador e adoecedor.

A ansiedade dos adultos se reflete diretamente na vida das crianças, que já tem seu tempo compartimentado e  entram na lógica da pressa dos resultados. É como se os pequenos tivessem que aprender a ser adultos  e não pudessem vacilar nesta missão! Precisam estar sempre dispostos e ser os melhores sempre! Vivem cheios de horários e compromissos. Muitas delas já somatizam. São crianças ansiosas, que não sabem perder, que não sabem esperar, que não sabem diferenciar autoridade. Cobranças difíceis de alcançar, pois são ó crianças e respondem deste lugar. É preciso que a infantilidade dos adultos não apresse em amadurecer as crianças. Pois existe neste sintoma ansioso uma dificuldade de percepção por parte dos pais de que a criança não está acompanhando o que está sendo demandado dela. Lembrando que sintoma não é doença, mas um reflexo de que algo não vai bem. É necessário um olhar mais cuidadoso para a fase da infância nos dias de hoje. As fases são necessárias e vividas de forma singular. É necessário que a percepção se ocupe mais do presente e viva cuidando para que exista um bom futuro, mas não presa a ele. 

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Educação dos filhos – Investindo para formar


A definição de educação segundo o dicionário informal é “o ato de educar, de instruir, é polidez, disciplinamento”.  Dentro deste contexto podemos pensar em educação de uma forma mais ampla:educação física, educação formal, educação alimentar, educação em saúde... Entre outras necessidades  nas nossas vidas que precisamos educar, polir, para benefício próprio e de quem nos cerca.
Para falar de educação vou abordar de forma rápida como se dá a aprendizagem dos 06 anos até a adolescência e na vida adulta, lembrando que cada fase exige uma maturação biológica específica. A fase de 06 anos até a adolescência é a fase onde existem mais recursos para processar e avaliar a informação recebida. A criança nessa idade não necessita de tantos recursos sensórios, ela pensa de forma mais complexa que na fase anterior (0 a 5anos). Os passos do processamento estão prontos para serem utilizados (codificar, comparar guardar ou recuperar informações) e o armazenamento de informações melhora. O sistema neurológico está suficientemente maduro para ligar informações, compará-las e transformá-las guardando o resultado. É a melhor fase para ensinar coisas que ficarão para toda a vida. A atenção é mais seletiva. Eles não apenas conseguem selecionar algo importante nesta fase (os menores também o fazem), mas conseguem descartar o que não é importante no momento (os menores não fazem isso).
Na idade adulta nossa percepção aos estímulos ambientais condicionam nossa interpretação, mais ou menos automática, da informação que vamos receber. A atenção é mais seletiva e cumpre função de filtro. Nesta fase, tudo que aprendemos de novo tentamos associar a algo que já conhecemos. Por isso o adulto tem algumas dificuldades com conteúdos novos, diferente da criança que está livre de concepções pré-estabelecidas. 
Com o amadurecimento as perdas sensoriais dificultam a aprendizagem. Fica mais difícil uma pessoa à cima dos 70 anos executar trabalhos que exijam habilidades motoras específicas, como aprender a andar de bicicleta por exemplo, trabalhos que precisem de uma visão mais apurada ou uma memória mais ágil. Não é uma idade em que não se aprende, mas é necessário adaptar o aprendizado para esta fase da vida e fazer com que o idoso se sinta inserido para que ele tenha a motivação para aprender.
Todos podem aprender. Todo processo de aprendizagem se dá de forma mais contundente quando envolve nossas emoções. Quando nos envolvemos de forma prática com o conteúdo. Imagine aprender uma música. Agora imagine que esta música lembra  um grande amor...Ahhh como ficou mais fácil!!!Nossa lembrança é carregada de sentidos!
A contemporaneidade não nos deixa tempo para muita coisa.O mundo de hoje não permite que haja a falta. Precisamos ser bem sucedidos profissionalmente, ser pais que suprem todas as coisas, ser magros (de acordo com a lógica estabelecida), bonitos e bem dispostos o tempo todo! Não dando conta deste ser humano utópico, a sociedade apela para os recursos possíveis para alcançar este ser almejado. O consumo de medicação aumenta assustadoramente a cada ano. Ansiolíticos e antidepressivos, consumidos em sua maioria, por mulheres. Não temos tempo para pensar a vida, nem as relações. Não paramos e atropelamos todo o processo natural que requer um pouco de paciência para que se desembarace e aconteça.
A arte de educar um outro ser, requer investimento de todas as formas possíveis. Investimento de tempo, de dinheiro, de afeto, de conhecimento, enfim. Educar um outro ou se educar é um processo que requer desejo. Desejo de mudar, de lapidar os processos mais instintivos e ser uma pessoa melhor para si mesma e para o outro. Todo investimento, para si ou não, é investimento de amor! Lembre disso no seu dia a dia.Tire um tempo para investir nos seus filhos, em você, no seu relacionamento, no seu trabalho, naquilo que você ama!

TODOS PODEM APRENDER E TODOS TEMOS ALGO A ENSINAR!

Palestra ministrada no curso CNA em Vista Alegre, dias 08 e 09 de Maio.

Evento em comemoração ao dia das mães.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Psicólogo,Psicanalista e Psiquiatra - entenda a diferença entre eles.

Vamos esclarecer agora a diferença entre essas áreas ok?! Se você se confundia, agora não vai mais!

As três áreas de conhecimento diagnosticam e tratam questões referentes a Psiquê, sendo que...

O profissional psicólogo: é formado em Psicologia (faculdade de 4 ou 5 anos), ciência que estuda e trabalha os processos  mentais e o comportamento, abrangendo na questão comportamento: desenvolvimento, personalidade, Percepção, pensamento, Memória , Aprendizagem, motivação e emoção. (L. Davidoff). Este profissional, após formado pode atender em consultório particular, clínicas, empresas, escolas, entre outros, mas não  pode receitar nenhum tipo de medicamento.
A psicologia tem várias vertentes devido a sua história. Como se tratam de formas de pensar o homem e sua existência, ela contou com vários pensadores e escolas ao longo dos séculos (Behaviorismo,Gestaltismo,Humanismo,etc.). O profissional psicólogo, ao se formar deve se orientar por uma dessas escolas e formas de pensar, que irá orientar sua forma de conduzir o tratamento, a terapia. Este profissional também estuda a psicanálise durante sua formação e pode se orientar por este tipo de abordagem.

O Psicanalista: a psicanálise surge com Freud, um neurologista que introduz o conceito de inconsciente nas questões psicológicas. Longe de buscar um ajustamento, a psicanálise trabalha a subjetividade e os conflitos psíquicos. O profissional para se formar psicanalista deve estudar em uma das Escolas de Formação Psicanalítica do país, onde é submetido a análise pessoal e estudo da teoria. Existe também pós graduação na área para quem já é formado na área de humanas.

O Psiquiatra: este profissional é formado em medicina com especialização em psiquiatria. Ele diagnostica a trata doenças e distúrbios mentais se apoiando basicamente em medicação. Estes profissionais podem também trabalhar com psicanálise ou psicoterapia em sua forma de trabalho. Hoje em dia com a proposta da Reforma psiquiátrica a atuação deste profissional  ganha outras possibilidades dentro da área da saúde.

Elaine R. C. Romero

Iniciando uma análise

Eu gostaria de destinar este texto para pensar com você sobre iniciar uma análise, procurar  uma ajuda profissional. Minha proposta é desmistificar a questão de que "psicólogo é coisa de maluco" e "não estou tão mal assim para isso". A maioria das pessoas que chegam ao consultório, chegam em estágios avançados, quando a situação fica insuportável e geralmente começam a somatizar ou a perder o controle sobre suas ações causando inúmeros prejuízos pessoais e sociais. Iniciar uma análise não é algo simples para o sujeito, que enquanto pode postergá-la, assim o faz! Primeiro que existe aí um investimento pessoal onde o resultado não vai dar a ele um belo corpo ou uma colocação melhor no mercado de trabalho. Uma análise  não é feita na lógica contemporânea: rapidamente e com superficialidade. Esse investimento vai fazer você se deparar com suas impossibilidades, com seus fantasmas e te convidar a enfrentá-los. Uma jornada um tanto desconfortável , mas libertadora. A psicanálise é um convite ao conflito e a modos de lidar com ele, uma das coisas que nós fugimos constantemente. Isso mesmo! Não existem os dez passos para a felicidade como alguns propõem, mas um repensar sobre o movimento da vida. Um sair da zona de "conforto" não tão confortável assim! O analista não é um amigo, mas alguém que se importa em refletir para o sujeito a real imagem dele mesmo. Estar em análise não é ir ao analista, mas se permitir uma mudança de posição subjetiva.
Fazer análise é um passo pessoal de desejo a um movimento diferente do vivido até agora.

Elaine R.C. Romero.

sábado, 31 de janeiro de 2015

Síndrome de Burnout


                                                                                                  
    Procurei abordar de forma sucinta uma síndrome muito presente na atualidade, a síndrome de Burnout. Ela se caracteriza pelo esgotamento físico e mental causado pelo trabalho. Este esgotamento pode se dá de várias formas: com sobrecarga de trabalho, conflitos no ambiente de trabalho, frustrações, insatisfações, incompatibilidade com hierarquia, chefia....  e por aí vai! Seus principais sintomas são  extremo de estresse, insatisfação, frustração, angústia, medo, ansiedade, agressividade, insônia, resistência e, muitas vezes, vícios. Facilmente confundida com uma depressão, ela tem questões específicas de insatisfação ligadas ao ambiente de trabalho.

  Somos de uma cultura onde (na maioria das vezes) não fazemos o que amamos, produzimos por     produzir e o ambiente de trabalho muitas vezes é hostil. As cobranças são imensas para que os resultados sejam sempre superados. Nessa via, administrar questões pessoais e emocionais, equilibrar valores e atitudes com a demanda da empresa, nem sempre é possível. O trabalhador se vê por diversas vezes em conflito. Uma empresa pode minimizar o mal estar dos trabalhadores, isso traz benefícios diretos para ela. A preocupação com a saúde mental no trabalho aborda todas essas questões, fazendo da figura do psicólogo organizacional uma figura imprescindível. 
Fique atento com seu ritmo de trabalho!!! Equilíbrio é fundamental.

Elaine R.C. Romero.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

"Não é a criança que eu imaginava!"

    A experiência de ter um filho é algo ímpar na vida de uma família. Muitos são desejados e esperados, outros aparecem de surpresa mas não menos amados. A questão aqui é que ao se esperar um filho, sonhamos e temos várias expectativas com relação a ele (podemos até planejar a tão sonhada faculdade deste ser ainda informe no ventre materno), mas ao nos deparar com a criança/bebê real, muitas vezes nos frustramos.
    Basta algum tempo de vida para que este lindo ser se recuse a dormir! Para que as adaptações com a vida fora do útero não fiquem tão simples para todos. Mais algum tempo e  diante de alguém tão querido e importante (seu chefe, por exemplo), ela se recusa a uma expressão amigável. Se recusa a usar o cabelo da forma como você sempre sonhou, não quer as bailarinas ou a bola. Não gosta do suco que você pesquisou e fez com produtos orgânicos! A criança diz "Não!". Ela pergunta coisas difíceis de responder, rí de coisas bobas e faz as coisas bobas  ganharem vida! Ela escolhe a roupa sem combinar, adora ficar bem suja de tanto brincar e se recusa a tomar banho! O que fazer diante desse ser que imaginei tão diferente?
     Quando nasce uma criança, é saudável que ali se forme um sujeito. A oposição, a birra, tão natural na infância, para longe de ser um grave transtorno é a afirmação de que " Pai, mãe, somos pessoas diferentes!". Que bom! A criança não é só passiva, um robôzinho que segue ordens, é uma pessoa. É necessário que os cuidadores eduquem, coloquem limites, ensinem seus valores e sua cultura, mas que também permitam que ela pense e escolha por sí. Por mais que seja entre escolher a blusa amarela ou a de cor laranja, é saudável que a criança escolha o que lhe faz feliz. Não entenda um "não" como uma oposição a sua pessoa. Mas veja se a situação permite que você seja mais flexível. 
       Criar pessoas diferentes de nós pode ser desafiador, mas é respeitar a vida, respeitar a singularidade e o sujeito que se forma. Pense nisso.
     
 Elaine R.C. Romero
Psicóloga